Durante a pandemia muitas pessoas relatam um aumento da ansiedade, uma inconstância em relação ao humor – dias ou semanas que tudo flui relativamente bem, já outros que tudo parece ir mais devagar sem muita vontade e motivação – impactando na produtividade. Outras relatam que a irritabilidade, a impaciência aumentou nesse período, levando a conflitos e prejudicando as relações.
Tudo isso está relacionado a como lidamos com nossas emoções. Inteligência emocional se torna cada vez mais importante nesse mundo onde tudo muda rapidamente, tudo é fluido, onde não temos respostas totalmente certas e nem respostas totalmente erradas, onde fomos estimulados a amortecer as emoções ao invés de encará-las.
No entanto, em algum momento somos convocados a olhar para dentro, melhorar a nossa relação com tudo que acontece e como lidamos isso. Entender o que tira a gente do sério, o que nos deixa mais ansiosos e porque, como agimos sobre pressão ou sob impulso… Esse é um exercício de nos tornarmos mais autoconscientes para podermos gerir assertivamente nossas emoções e comportamentos e construir uma vida mais equilibrada e leve. Afinal, se não gerenciarmos a nós mesmos como podemos melhorar nossos relacionamentos com as outras pessoas?
Inteligência emocional incentiva essa visão de desenvolvimento: que tal olharmos de forma diferente para como nos relacionamos com a nossas emoções? Principalmente em um momento onde amortece-las não é uma opção.
Quando aprendemos a fazer isso se torna ainda mais fácil observar, entender e se colocar no lugar do outro de forma saudável. Facilitando a escuta ativa e permitindo uma melhor comunicação entre as pessoas, fortalecendo relacionamentos.
Será que é isso que o mundo precisa, mais do que nunca, nesse momento?
por Shaíze Roth
