Há quatro anos eu ando por diversos cantos do Brasil falando sobre sustentabilidade. São grupos empresariais, jovens empreendedores, adultos que estão se aposentando, crianças em escolas. Todos eles possuem pelo menos um fator em comum: a ideia inicial de que sustentabilidade é verde. Árvores, animais, ecochatos, biodesagradáveis, longe das cidades, das nossas rotinas…
A boa (e desafiadora) notícia é que o mundo da sustentabilidade é coloridíssimo. Vai muito além do verde.
O melhor indicador para esse olhar são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Uma ‘tabela periódica’ de 17 objetivos que foram criados por 193 países membros da ONU, a Organização das Nações Unidas. Os ODS oferecem um plano estratégico mundial para salvar o planeta de um futuro que não será bom para ninguém que reside no planeta Terra.
A responsabilidade de colocar em prática, com quem fica? Com todos que influenciam nas nossas vidas, a começar por nós mesmos.
Colocar sustentabilidade em prática nas nossas casas, nossos negócios, nossos espaços educacionais é o que vai permitir que todos possamos viver em paz. Ao longo da minha jornada educando para a sustentabilidade fui entendendo uma fórmula que permite que qualquer um trilhe sua jornada sustentável: Conhecimento + habilidades + paixão + parcerias = Defensores dos ODS.
É por essa jornada que os alunos do Prisma são guiados. Uma mistura cuidadosamente equilibrada entre muito conteúdo e prática, para que tenhamos cada vez mais Defensores dos ODS por aí.
O convite comum é o chamado para a ação. Precisamos tornar sustentabilidade realidade o quanto antes, agindo dentro dos espaços que temos influência, reforçando o espírito de inspiração e olhar apreciativo, deixo uma história que ilustra um episódio da minha própria jornada, dentro de um desafio que imagino ser comum a muitos de vocês: a batalha contra o uso diário de descartáveis.
Eu trabalhei na Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho logo antes de começar a empreender. A Fundação é diretamente relacionada à RBS, então convivíamos no espaço com muitos outros colaboradores do grupo. Notei que todo santo dia as pessoas consumiam em média três copos descartáveis no almoço: um para o suco, outro para a sobremesa e o último para o cafezinho. O incômodo dentro de mim era gigante, e eu não queria fazer parte do grupo que consome descartáveis diariamente. Comecei a levar uma caneca amarela, nada discreta, junto comigo. Ela servia para o suco e para o chá (eu não sou do cafezinho). Dentro da Fundação as pessoas começaram a notar o movimento e a levar suas canecas também. Quando um colega esquecia a caneca, com frequência se desculpava comigo. Paralelo a isso fui atrás de uma solução permanente com os responsáveis da empresa. As lembranças dessa micro revolução me divertem até hoje, principalmente porque minha campanha ganhou um nome muito criativo: FFF, ou seja, Faça a Froeder Feliz.
Que o Prisma seja o pontapé para muitas histórias sustentáveis e divertidas. Eu aguardo todos vocês na segunda-feira!
por Júlia Caon Froeder