Cada experiência de aprendizagem na WTF! é uma chuva de conteúdo foda! No último final de semana tivemos o Tirando do Papel – Empreendedorismo Irado, com os famosos guris da Dobra. Durante todo o sábado, o Gui e o Dudu abriram tudo sobre a empresa, a história, os erros, as ferramentas e seu conceito de sucesso. No final, cada participante pode montar sua própria carteira, desenvolvida especialmente para o curso! (Não foi? Perdeu, playboy!)
MVP
Uma das coisas que mais impressiona é o embasamento técnico por trás de cada movimentação da empresa. Desde o produto, até a primeira demissão da história da Dobra, tudo é muito bem pensado e estudado.
Uma das grandes lições que os guris passaram foi sobre o conceito de MVP, que na tradução para o português significa Produto Mínimo Viável. O termo já é mantra no ecossistema das startups, mas ainda pouco explorado por empresas mais tradicionais. O conceito de MVP aparece no livro do Eric Ries chamado Startup Enxuta, que apresenta um modelo de gestão que permite experimentação e melhoria.
A grande lição do MVP fica por conta de lançar logo no mercado algo que possa validar a proposta do negócio. Feito isso, medir feedbacks e resultados e definir se o modelo segue como está ou parte para uma pivotagem (mudança de escopo).
A Dobra pratica o ciclo abaixo o tempo todo, lançando produtos pilotos e se comunicando com sua comunidade de forma direta e recorrente.
Empresas como motores de mudança
Outro tópico importante abordado pelos guris foi um novo modelo organizacional que muda a lógica do jogo. O modelo em questão foi criado pelo Frederic Laloux e publicado no livro Reinventando as Organizações. No livro, o Laloux diz que a humanidade está atingindo um novo nível de consciência, o que faz com que pensemos os negócios de forma mais integral.
A Dobra tem a intenção de se estabelecer no nível mais alto dos apresentados por Laloux. Nesse nível, estão empresas guiadas por um propósito, com autogestão e liderança distribuída, noção de integralidade entre outros. E eles praticam esses conceitos no dia a dia da empresa.
Os guris destacam que ainda assim, existem dificuldades. Por exemplo, na Dobra, todos têm autonomia e todos ganham o mesmo salário, mas eles se perguntam se essa gestão faz com que todos trabalhem bem e felizes. Afinal de contas, cada pessoa tem perfil e comportamento diferentes das demais e a adaptação a esse modelo pode não ser tão tranquila quanto parece.
Organizações Exponenciais
Outro livro citado pelos guris, que já é quase uma bíblia dos novos empreendedores é Organizações Exponenciais, escrito pelo Salim Ismail. O livro traz um modelo, identificado pelo Salim depois que ele analisou o comportamento de empresas que tiveram crescimento considerado exponencial, que aponta caminhos para novos negócios.
O primeiro e principal ponto, é ter um MTP, que na tradução para o português, significa Propósito Massivo Transformador. O da Dobra? Transformar o mundo num lugar mais aberto, irreverente e do bem. A partir dessa definição, todas as decisões da empresa devem respeitar esse guia e, na Dobra isso é muito claro.
Só na vertical “aberto”, eles já lacram, com colabs, abertura do molde e abertura radical, incluindo o manual de cultura da empresa. “Irreverente” eu nem precisaria explicar, afinal de contas, o Diretor de Atendimento é um cachorro pug chamado Batman. E “do bem” se desdobra em diversas ações de impacto positivo que eles promovem, como a Black Friday Social, o Dobra +1 e o Mãos à Dobra.
Os guris ainda apresentaram cada um dos dez outros pontos, dos quais, segundo nosso amigo Salim, as empresas exponenciais praticam ao menos quatro.
E isso nem foi a parte mais legal do encontro, já que a gente ainda nem entrou na parte da experiência!
Mas isso a gente deixa pro próximo post! Aguenta coração.
por Beta Ramos